segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Esperamos você em 2012

Depois de meses preparando o WEEAC 2011, precisávamos voltar nossas atenções um pouco mais às nossas ONGs de Proteção Animal aqui em Campinas. Por isso, as atividades do blog voltam no ano que vem, quando começarmos a nos preparar para o WEEAC 2012!

Mas a luta pelo fim da crueldade com animais continua! Estaremos continuamente ligados no site da WEEAC Brasil e no Facebook da WEEAC Campinas e Brasil! Apareçam por lá!

sábado, 22 de outubro de 2011

Reforma no Bosque não trará benefícios aos animais


O zoológico do Bosque dos Jequitibás, em Campinas, está em reforma, mas não há motivos para celebrar. A obra não é fruto da boa vontade do governo municipal, preocupado com o bem-estar dos animais e com a população que frequenta o parque, muito pelo contrário. Essa reforma é fruto de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do Ibama, de 2008, que obriga o zoológico a seguir certas regras, que não eram cumpridas. O local chegou a ser ameaçado de interdição pelo órgão federal e foi proibido de receber novos animais.

O que se vê hoje no Bosque são recintos pequenos e degradados (grades enferrujadas, paredes com infiltração, mato alto...). Também é possível presenciar uma verdadeira infestação por animais urbanos como ratos e pombas, que invadem as jaulas e se alimentam da mesma comida dos animais que estão em cativeiro, aumentando o risco de doenças e infecções. Além disso, a Prefeitura informou, através de seu website, que as reformas serão realizadas apenas no lago principal (que há anos sofre com vazamentos e grande quantidade de sujeira) e no recuo dos recintos, aumentando a distância entre os animais e os visitantes para 1,5 metro, como previsto pelo Ibama. Ou seja, a tal revitalização será apenas para o público e não para os animais.

O TAC prevê também que todos os animais sejam chipados e melhorias nos recintos sejam realizadas, mas isso não foi divulgado pela Prefeitura em nenhum momento. A Agência Notícia Animal tentou entrar em contato com o diretor do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), Edson Roberto Navarrette. Duas entrevistas foram agendadas (o diretor não compareceu em nenhuma) e um email com as questões foi enviado, e nada.

Em várias visitas realizadas no local, também foi possível presenciar outros problemas e ficou claro que os quatro pilares do zoológico moderno (de acordo com a Sociedade de Zoológicos Brasileiros) não são cumpridos. Um zoológico deve trabalhar na busca da Educação (são poucas as placas informativas e todas estão em péssimo estado); Conservação (grades enferrujadas e furadas, excesso de musgo e umidade); Pesquisa (único “pilar” presente, graças ao incansável trabalho da bióloga e do veterinário, que se esforçam ao máximo para o bem-estar dos animais); e Lazer Educativo (um parque lotado de pombas e ratos não pode ser considerado um local de apropriado ao lazer).

Uma cidade rica, com mais de um milhão de habitantes e nem um pouco de interesse por parte do governo em cuidar dos animais e da educação da população, essa é a Campinas de hoje. A falta de interesse é tão grande, que o site oficial da Prefeitura, único meio de comunicação com dados sobre a revitalização, publica uma lista de animais do Bosque equivocada. Bom, essa mesma cidade exterminou capivaras que estavam em outro parque público e o local continua fechado para visitação e infestado de carrapatos, então realmente não dá para esperar muito. Pena que mais uma vez quem sofre são os animais.

Publicado no Notícia Animal.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A necessidade de uma identidade global e a iniciativa da WEEAC


A defesa dos animais é um dos temas que tem promovido grande mobilização da sociedade nos últimos tempos. Mas, mesmo ganhando espaço na mídia e no cotidiano das pessoas, a realidade do abandono e maus-tratos a animais domésticos e silvestres ainda é assustadora. Em Campinas, a Delegacia de Proteção Animal trouxe a tona inúmeros casos de maus-tratos atingindo uma média de 20 denúncias diárias. E em todos esses casos temos uma causa comum: a sociedade em geral ainda vê os animais apenas como diversão, alimentação, matéria-prima ou mesmo cobaias. E essa realidade está longe de ser algo exclusivo de nossa região. 
Como acontece com os golfinhos no Japão, nossos botos da Amazônia são abatidos impiedosamente para uso humano. Como na África, nossos grandes felinos são caçados em safaris, tendo a ilegalidade como agravante. Assim como na Espanha, nossos touros e vacas são torturados em espetáculos de entretenimento. Como na Europa, animais são criados em São Paulo somente para a remoção brutal de suas peles. E seguindo práticas mundiais, nossas universidades e empresas ainda utilizam animais para experimentos que mais parecem filmes de terror. E todos esses exemplos são apenas a ponta de icebergs de crueldade arraigados pelo planeta.
Se a defesa aos animais tem ganhado tanto espaço em nossa sociedade, o que falta para conseguirmos acabar com toda essa crueldade que ainda impera? Acreditamos que a resposta seja simples: organização e união. No mundo todo, ONGs travam batalhas diárias contra diferentes tipos de crueldade com animais, mas o alcance desses grupos é localizado. Apesar de termos algumas ONGs internacionais que se esforçam para criar uma unidade nos movimentos de defesa animal, esta é quase uma missão impossível. Cada região tem seus problemas e cada grupo tem um modo particular de agir. Estaríamos então fadados ao fracasso? Não, e é isso que o WEEAC veio nos mostrar.  
O World Event to End Animal Cruelty (WEEAC) nos trouxe a possibilidade de uma identidade global, sem impor mudanças ao cotidiano do trabalho de cada ONG. A proposta do WEEAC é unir o mundo por um dia, em uma só voz, para pedir o fim da crueldade com animais. A simplicidade da proposta é, sem dúvida, o motivo de seu sucesso. Neste primeiro ano de participação do Brasil, 24 cidades brasileiras se uniram à mais de 50 cidades no mundo, em um total de 26 países, para cumprir este simples objetivo de dizer em uma só voz: “queremos o fim da crueldade com animais!”. 
A repercussão deste dia de união internacional de protetores e defensores de animais foi super positiva. Atraímos o olhar da mídia e de muitas pessoas que ainda consideravam nosso trabalho limitado. E a tendência é aumentar nosso alcance ano a ano, até que nossas vozes, unidas, cheguem a cada pessoa de cada pedacinho de nosso grande planeta. Saiba mais sobre o WEEAC e una-se a nós em 2012!
Publicado no Notícia Animal
Por: Equipe WEEAC Campinas 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Aconteceu!


O dia chegou e o evento aconteceu, o nosso Weeac Campinas!

Na Concha Acústica da Lagoa do Taquaral, aprox. 350 pessoas se reuniram pelo Fim da Crueldade com os Animais. 

Mas, essas 350 pessoas não estavam sozinhas. Estavam unidas à outras milhares de pessoas que se reuniram simultaneamente em 24 cidades brasileiras e 68 cidades no mundo!


Enfrentamos imprevistos e improvisos: a chuva no começo da tarde; a claridade que atrapalhava a imagem projetada pelo datashow; um computador sem saída para o datashow; outro, com saída, mas que não lia o formato de nossos vídeos...  





Mas o público foi paciente e generoso prestigiando o evento até o fim, e unidos bradamos: "Hoje somos a sua Voz".


Nosso evento foi também um dia de celebração e tributo. Celebração da Esperança de que um dia a crueldade com os animais terá fim. Esperança simbolizada por estas tochas, portadoras da Luz a Esperança e que percorreu o planeta desde o início dos eventos, construindo uma corrente de Paz, Solidariedade e União dos diferentes povos nos quatro cantos do mundo pelo mesmo propósito.

Durante nossa vigília, acendemos estas velas em memória dos animais. 
"Vidas pulsantes e frágeis como estas chamas. Cada vela, simbolizando muitas vozes silenciadas por nossas ações e necessidades cotidianas, por nossa ignorância ou avidez."
E, reunidos, nos comprometemos com todos os Animais: 
"De agora em diante, assim como estas pequenas luzes afastam a escuridão, afastaremos a hesitação de nossos corações, pois nosso lugar é ao seu lado. Unidos, somos uma força poderosa e construiremos um novo caminho." 




E, para encerrar este dia afirmamos:
Hoje, somos sua VOZ. Amanhã, seremos UMA SÓ VOZ.


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Sem eles, não teríamos chegado até aqui.

Foto grande, em pé: Pablo Fulcheri, Flávio Lamas, Rosane Bovo, Marisa Galvão, Yuko Okamura, Roberto Stevenson, Susana Blois. Foto grande, sentadas: Rosana Ocampos (coordenadora), Juliana José, Mari Bovo. Ao lado: Ingrid Menz, Luciana Tibiriçá e Anna Zuhlke. 


Nossos amigos da ECOloja.


Nossos amigos da AAAC.


Nossos amigos do GAAR.


Nossos amigos da Proesp.



Nossos amigos do Setor de Proteção aos Animais da Polícia Civil.



Nosso querido DJ Marcello e sua esposa que salvaram nosso dia!



Nossos amigos da Bateria Alcalina da Unicamp, que também salvaram nosso dia!



Nossos amigos do programa Clube do Mascote da TV Bandeirantes Campinas.



E a todos os outros parceiros, igualmente importantes:

A fotógrafa Carol Dias, que estava por trás das câmeras.


O mágico Marcelo Pio, que entreteve o público com muita dedicação. 

O pessoal das outras ONGs que nos apoiaram: PETA, ResGatinhos, GAVAA, IVVA, UPA, Xodó de Bicho, Ame um Bicho.

O pessoal do Notícia Animal, que desde o início acompanhou nosso trabalho.

O pessoal da Oficina do Estudante, que promoveu o Simpósio sobre a WEEAC.

O pessoal do Oferta Prime, que nos ajudou a vender nossos produtos.

O pessoal do Canal 25 (NET) Campinas, que divulgou muito nosso vídeo da campanha.


À todos que participaram, nosso muito obrigada! Esperamos todos reunidos novamente em 2012 para o 2o Evento Mundial pelo Fim da Crueldade com os Animais!






domingo, 9 de outubro de 2011

WEEAC ao redor do Mundo!

 Suíça
 Austria
 Uganda
Malta 
 Romenia
 França
 Filipinas
 Austrália
África do Sul 
 Bosnia
 Argentina

 Brasil - Rio de Janeiro
Brasil - Curitiba 
 Brasil - Itapetininga
 Brasil - Ribeirão Preto
 Brasil - São Paulo
Brasil - Tatuí
















Conforme vamos recebendo fotos de outros locais, postamos aqui!

sábado, 8 de outubro de 2011

Pronunciamento da Fundadora da WEEAC - Dawn Groth

É HOJE!

Estamos eufóricos! O dia chegou. Daqui a pouquinho, as 4h00 da manhã, a Nova Zelândia dará início ao WEEAC. E seguindo por 26 países e 70 cidades ao longo do globo, chegará aqui no Brasil às 4h00 da tarde.


Às 4h00 da tarde daremos início ao WEEAC Campinas, junto com outras 23 cidades brasileiras.


Nos vemos na Concha Acústica!


Para quem ainda tem dúvidas sobre o que vai ser o WEEAC, é só clicar na imagem abaixo.

Uma canção feita especialmente para o WEEAC

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O Portal @Campinas fez também uma linda divulgação!


Campinas participa de evento mundial pelo fim da crueldade com animais
Publicado: Terça-feira, 4 de outubro de 2011 por Marina Petrocelli

"Conforme informou Rosana Ocampos, coordenadora do evento em Campinas, 26 países, somando 68 capitais mundiais estão participando do Weeac. As cidades brasileiras que estão participando do movimento são: Brasília, Goiânia, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Campo Grande, Natal, Porto Alegre, Blumenau, Vitória, Belém, Florianópolis, Salvador, São João Del Rei, Ribeirão Preto, Tatuí, Sorocaba, Itatiba, Mariporã, Jales, Itapetininga, São José do Rio Preto e Garanhus."

Como ajudar
A organização do evento ressalta, ainda, a importância de se comparecer ao local no dia do evento, com faixas, cartazes e quaisquer instrumentos que possam ser utilizados para aumentar a visibilidade do evento. Com isso, a divulgação para amigos e familiares é um ponto importante para ampliação do Weeac.
Os interessados em colaborar ainda podem gravar um vídeo sobre o tema ou apenas com a frase “Eu quero o fim da crueldade com os animais”, e enviar para weeac.campinas@gmail.com. Dúvidas e esclarecimentos também podem ser feitos através desse endereço.
O site oficial do evento também tem uma campanha de divulgação do Weeac, que consiste na comercialização de camisetas e disponibilidade de download de imagens para os interessados confeccionarem as próprias roupas, perfis nas redes sociais e até mesmo imprimir como flyer de divulgação.


O Canal 25 está apoiando a WEEAC Campinas!

O Canal 25 (NET) Campinas abraçou a causa e está veiculado nosso vídeo da campanha WEEAC Campinas ao longo de sua programação! 


Fiquem ligados que daqui uns 45min vai passar de novo!


Parabéns à toda equipe do Canal 25! Agradecemos o carinho. O vídeo ficou lindo na TV!

Dia Mundial dos animais é comemorado com projeto na Câmara


PARA CELEBRAR A DATA, PARLAMENTARES APRESENTARÃO UMA PROPOSTA QUE VETA O USO DE QUALQUER ESPÉCIE EM CIRCO


03 de Outubro de 2011 às 18:15

Com o objetivo de defender o direito dos animais e incentivar propostas para proteção de animais domésticos, foi aprovada na última quinta-feira, 29, a Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, do Congresso Nacional.

O projeto foi desenvolvido com o apoio de 212 parlamentares e será comandado pelo deputado federal Ricardo Izar. Entre os temas discutidos estão a participação de animais em circos, caça ilegal, tráfico de animais silvestres, condições de transporte e abate de bichos.

O primeiro ato da Frente será realizado nesta terça-feira, 4, quando é celebrado em mais de 35 países como o Dia Mundial dos Animais. Os organizadores do projeto irão apresentar ao presidente da câmara, deputado Marco Maia, uma lei que proíbe o uso de animais em espetáculos circenses em todo o País.

O Brasil possui a segunda maior população de animais domésticos do mundo. A data foi escolhida por ser o dia da morte de São Francisco de Assis, considerado protetor dos animais. O objetivo principal da comemoração é ressaltar o respeito que deve existir no relacionamento dos humanos com os bichos, independente de sua espécie.

De acordo com a tradição, no domingo mais próximo à data, igrejas de diferentes denominações oferecem bênçãos aos bichinhos domésticos. Em São Paulo, uma missa será celebrada na Igreja de São Francisco de Assis, localizada na região central da capital paulista.

Durante o ato, os cães receberão uma medalhinha de São Francisco benzida pelos religiosos da paróquia. Programa semelhante acontece também na Virgínia e em uma igreja católica, no Texas, Estados Unidos. 

Fonte: Brasil 247

sábado, 1 de outubro de 2011

Boas notícias! Um apoio muito especial.

É com muita alegria que anunciamos o apoio do pessoal do Clube do Mascote ao WEEAC Campinas!

A querida Michelle, produtora e apresentadora do programa, está se esforçando ao máximo para divulgar a WEEAC em todos os meios de comunicação da Band Campinas!

Além de todo esforço, o pessoal do Clube do Mascote já garantiu presença na WEEAC Campinas! OBA!

Amanhã, domingo, às 8h30 da manhã, durante o Clube do Mascote, ela já fará uma chamada sobre a WEEAC. Não percam! Fiquem ligados no programa! Aproveitem e vejam as matérias e entrevistas que eles prepararam sobre nossos amigos de quatro patas!

Ao longo da semana, vamos ter mais novidades! ;)

Junte-se a nós!

Queridos protetores, defensores e amigos dos animais,


     Depois de quase três meses de muitos esforços, estamos a uma semana do nosso grande dia! Nosso não, dos animais! Olhando para trás e fazendo um balanço, não poderíamos estar mais felizes. A união que se estabeleceu entre as ONGs de Campinas, e entre nós e as ONGs de outras localidades, é algo inédito na proteção animal.
     Toda essa união que prevaleceu na organização do WEEAC se reflete no objetivo do próprio evento: Unir a todos em uma só voz. Quantos protetores, defensores e amigos dos animais existem neste planeta? Certamente muitos. Todos com os mesmos objetivos e ideais, mas trabalhando na forma de vozes isoladas.
      A iniciativa das nossas coordenadoras: Dawn Groth (mundial), Norah André (no Brasil) e Rosana Ocampos (em Campinas), foi ao mesmo tempo louvável e corajosa. Somente com a união de todos vamos realmente fazer a diferença. Vamos conseguir alcançar a grande mídia e, assim, a sociedade em geral e especialmente o poder público.
     Por isso, convocamos a todos para que se preparem e se organizem. Deixem a rotina de lado por algumas horas e reunam suas famílias e amigos para participar, juntos, deste dia tão especial. Queremos que este seja um dia para refletir. Refletir na condição senciente dos animais e refletir na insanidade de se ignorar essa senciência e tratar os animais como utilitários e peças descartáveis. Mas, queremos também trazer alegria a todos ao lembrar que tudo isso vai mudar a partir de agora.
     No dia 08/10/2011, um novo tempo se inicia. Um tempo em que ninguém mais vai se calar frente às crueldades praticadas com animais. Um tempo no qual estaremos mais unidos e mais organizados. Um tempo onde o respeito à vida será mais importante que o ego do ser humano.


Para quem ainda tem dúvidas sobre o que será o WEEAC, preparamos este informativo! Clique na imagem para ampliar.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Vídeo: O uso de animais para experimentação é cruel e desnecessário



Visite nosso canal do YouTube aqui.

De vivisseccionista a antivivisseccionista


Permitam-me que me apresente: Meu nome é Carlos Roberto Zanetti, sou paulista de Jundiaí, interior de São Paulo. Formei-me em Ciências Biomédicas pela então Escola Paulista de Medicina, onde também desenvolvi minha dissertação de mestrado e de doutorado, ambas em Imunologia, tendo o vírus rábico como objeto de estudo.

Durante o doutorado fiz um estágio sanduíche no Instituto Pasteur de Paris, na Unité de la Rage. No intervalo entre o mestrado e o doutorado prestei concurso público no Instituto Pasteur de São Paulo, onde dei início a uma carreira de pesquisador científico.

Naquela época tinha o sonho de ser aprovado em um concurso para professor na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o que se tornou realidade em 1997. Hoje sou professor associado 3, chefe do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia e orientador no Programa de Pós-graduação em Biotecnologia e Biociências da UFSC. Além disso sou bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 2. A trajetória descrita nesta dezena de linhas representa o percurso de uma vida de 50 anos, que completo no próximo mês.

Metade desses anos estive constantemente em contato direto com animais de laboratório e graças às suas vidas (ou às suas mortes?) publiquei a ampla maioria dos meus 42 trabalhos científicos. Embora não gostasse de executar vários procedimentos com animais, nada indicava que um dia eu abandonaria tais práticas, até eu ter sido indicado representante de meu Departamento junto a Comissão de Ética em Pesquisa com Animais (CEUA).

Nas reuniões da comissão havia duas professoras cujos pontos de vista destoavam de todos os outros professores: a representante do Departamento de Filosofia, Profa. Dra. Sônia Felipe e a do Departamento de Ecologia, Profa. Dra. Paula Brüger. Elas provocavam os demais professores a reflexões profundas e incômodas, sempre com argumentos inteligentes. Pela primeira vez em toda minha carreira ouvi vozes dissonantes a tudo que me haviam ensinado.

Nas votações dos pareceres dos projetos encaminhados aquela CEUA, ambas eram sempre votos vencidos e demorou um tempo até eu ter coragem de acompanhar seus votos contrários a projetos que não passavam pelo crivo ético. Desde então minha visão sobre a utilização de animais em pesquisa mudou radicalmente. Como que aplicando o princípio dos 3R`s na minha vida profissional, fui diminuindo, refinando e finalmente substituindo o uso de vidas de animais não humanos por procedimentos in vitro.

Há mais ou menos dois anos não mato mais nenhum animal. A minha transformação pessoal respingou em outros colegas de Departamento: foram suprimidas as aulas práticas que utilizavam animais na disciplina de Imunologia, ministrada para os cursos de Ciências Biológicas, Medicina, Enfermagem, Odontologia,  Nutrição  e Farmácia; duas professoras filmaram estas aulas que em breve estarão disponíveis para utilização em outras Universidades; outro professor encerrou os estudos com vacinas contra HIV  realizados em camundongos e agora realiza estudos mais complexos, multidisciplinares, em seres humanos infectados; foram abertos espaços em aulas para se abordar a utilização de animais em pesquisa no curso de graduação em Ciências Biológicas e no Programa de Pós-graduação.

É, portanto, para relatar aspectos dessa minha experiência que estou aqui. Novo desafio que encaro com alegria e com esperança. Alegria por estar livre de deliberadamente causar a morte a seres que, assim como eu, compartilham desta misteriosa e maravilhosa experiência que é a Vida. Esperança de contribuir para que seja construída uma Nova Ciência, cujos meios e fins sejam mais nobres do que os atuais, impostos por interesses nem sempre explícitos.

Fonte: ANDA

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Vídeo novo! Crueldade do tráfico de animais silvestres e nosso sonho de alcançar um mundo melhor



Veja outros vídeos em nosso canal no YouTube

#CatLoversDay é hoje!



Mostre todo amor que você tem pelo seu bichano!


Veja como participar aqui.

Simpósio na Oficina do Estudante

O colégio Oficina do Estudante realizou nesta quarta-feira, 28/09, um Simpósio Estudantil em apoio ao WEEAC - Evento Mundial pelo Fim da Crueldade contra os Animais, que mobilizará 26 países no dia 08/10. No Brasil, 25 cidades sediarão o movimento, sendo Campinas uma delas.

O Simpósio, realizado hoje, contou com a presença de aproximadamente 300 estudantes, que assistiram atentamente a palestra da delegada do Setor de Proteção aos Animais e Meio Ambiente, Dra. Rosana Mortari, e o presidente do Conselho Municipal de Defesa e Proteção dos Animais (CMPDA), Flávio Lamas. Ambos explanaram o conceito de maus tratos contra os animais, apelando pela conscientização da população desde o ensino primário nas escolas. O professor de biologia Shesterson Aguiar aproveitou a ocasião para explicar também a necessidade da preservação dos biomas para conservação das espécies.

Lamas fez um convite para que os alunos comparecessem no evento WEEAC Campinas no dia 08/10. "A concentração acontecerá à partir das 16 horas, na Concha Acústica da Lagoa do Taquaral. Às 19 horas vamos acender 500 velas e quatro tochas com objetivo de iluminar a consciência das pessoas pelo fim da crueldade contra os animais", disse.

A agência Notícia Animal estará presente para fazer a cobertura deste evento.



Fonte: Notícia Animal

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A ciência não precisa ser cruel

14/09/2011

Brasil adere à luta contra sacrifício de animais em pesquisas científicas

Redação do Diário da Saúde
Animais em pesquisas
O Brasil finalmente vai ganhar um laboratório destinado a evitar o sacrifício de animais nas pesquisas científicas.
Os animais foram importantes durante uma longa fase da ciência e da medicina, mas hoje já existem várias técnicas que evitam o sacrifício a cada teste de uma molécula ou de um candidato a medicamento.
Se o estágio atual da tecnologia não permite ainda eliminar totalmente os testes com animais, isto se deve em grande parte à falta de interesse de muitos cientistas em encontrar alternativas, uma vez que sacrificar um animal é muito mais simples e rápido.
Alternativa ética
É claro que vários grupos de pesquisadores já se dedicam ao tema, sendo eles os grandes responsáveis pelo desenvolvimento das novas técnicas já disponíveis.
Mas esses cientistas mais éticos nunca tiveram seus esforços totalmente recompensados pela falta de apoio para que os testes alternativos fossem validados e aceitos.
O novo Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos (Bracvam) é o primeiro esforço coordenado feito no Brasil com essa finalidade.
O Bracvam vai se dedicar inteiramente ao desenvolvimento de métodos alternativos para a validação de pesquisas que não utilizem animais na fase de testes.
O Centro será instalado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), através do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), com a colaboração da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"De maneira organizada, vamos trabalhar os dados e organizar grupos de pesquisas para que novas metodologias sejam fomentadas e passem a ser métodos oficiais," afirmou Isabela Delgado, pesquisadora do INCQS.
Ciência sem sacrifício de animais
Vários países já proíbem não apenas o sacrifício dos animais, mas também a produção e a importação de produtos desenvolvidos com testes em cobaias.
Ao lado da questão ética do sofrimento das cobaias, as pesquisas que utilizam animais são vistas como menos refinadas do ponto de vista técnico científico.
Já se sabe, por exemplo, que os experimentos com animais não levam em conta aspectos caracteristicamente humanos das doenças, como os componentes cognitivos e emocionais envolvidos.
Há poucos dias, uma equipe demonstrou que os camundongos utilizados nas pesquisas sobre doenças do coração não representam um modelo adequado para as doenças cardíacas humanas - o que funciona no coração do camundongo não funciona no coração humano.
Ao lado disso, já há uma grande preocupação dentro da própria comunidade científica sobre a possibilidade da criação de quimeras, criaturas híbridas humano-animais.
"Buscamos mais avanço técnico, resultados mais confiáveis, menos susceptíveis a erros, de menor custo e de mais fácil difusão em outros países," disse Isabella. "Encontramos 14 pesquisas de métodos alternativos no país e nossa ideia é reunirmos essa capacitação, pesquisarmos juntos."
Validação de métodos alternativos
Segundo Eduardo Leal, também do INCQS, universidades públicas brasileiras e centros de produção de vacinas, como o Instituto Butantan e o Adolph Lutz, têm estudos para validação de métodos alternativos.
Mas, segundo ele, a participação da Anvisa é crucial para que essas novas metodologias sejam validadas e aceitas na regulamentação dos produtos.
A União Europeia proíbe desde 2004 a utilização de cobaias em linhas de desenvolvimento de artigos direcionados ao mercado da beleza.
Preocupados com essa tendência, algumas indústrias no Brasil também têm investido para abolir teste com animais na produção de cosméticos.

Blog da WEEAC Brasil: Cidades Autorizadas WEEAC Brasil 2011

Blog da WEEAC Brasil: Cidades Autorizadas WEEAC Brasil 2011: Olá, amigas e amigos da WEEAC Brasil, Como vem sendo anunciado há meses, a WEEAC International está promovendo um evento global, que con...

Agradecemos ao Deputado Tripoli pelo apoio ao evento!



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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Recado do Demônios da Garoa em apoio ao WEEAC Campinas!




Veja mais vídeos do WEEAC Campinas aqui.

Uma campanha da Oficina do Estudante em prol do WEEAC Campinas!


Campanha de Arrecadação de 

Ração – Participe!


No próximo dia 28 de setembro a Oficina do Estudante estará promovendo um Simpósio de Proteção Animal, que marcará a abertura oficial do WEEAC (Evento Mundial pelo Fim da Crueldade Animal). Paralelamente ao Simpósio, a Oficina do Estudante lançou também uma campanha de arrecadação de ração para ONG´s da cidade. Participe! Traga um saco de ração para cães ou gatos e ajude instituições que se preocupam com a causa animal. As contribuições são recebidas no pátio da instituição ou com o professor Anderson Dino. O Simpósio acontece a partir das 16h15 no auditório da Oficina do Estudante e será aberto ao público externo. Os interessados devem fazer as inscrições através do telefone 3241-6688. WEEAC em Campinas O WEEAC em Campinas será realizado no dia 08 de outubro na Concha Acústica do Taquaral e contará com apresentações musicais e também com um telão conectado ao resto do Brasil e do mundo. Vinte e cinco cidades brasileiras estarão envolvidas na ação, além dos 26 países, somando 68 capitais mundiais. Mais informações sobre o WEEAC podem ser obtidas no site weeac-campinas.blogspot.com. Oficina do Estudante Cursinho Pré-Vestibular e Ensino Médio de Campinas www.oficinadoestudante.com.br


Fonte: RAC

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Conheça histórias de luto, amizade e gratidão vividas por animais de várias espécies


Por Marc Bekoff

Tradução por Vanessa Perez  (ANDA)


Um estudo científico mostra que muitos animais são muito inteligentes e têm habilidades sensoriais e motoras como nós. Os cães são capazes de detectar doenças como o câncer, diabetes e alertar os humanos sobre ataques cardíacos e derrames. Os elefantes, baleias, hipopótamos, girafas e jacarés usam sons de baixa frequência para se comunicarem a longas distâncias, muitas vezes milhas; e morcegos, golfinhos, baleias, sapos e diversos roedores usam sons de alta frequência para encontrar comida, se comunicar com os outros e nadar.
Muitos animais também demonstram amplas emoções incluindo a felicidade, alegria, empatia, compaixão, dor, ressentimento e constrangimento. Não é de se surpreender que os animais, especialmente, mas não só, os mamíferos compartilham muitas emoções com a gente porque nós também compartilhamos estruturas cerebrais, localizadas no sistema límbico, que é a sede das nossas emoções. Em muitos aspectos, as emoções humanas são dons dos nossos antepassados animais.


Luto das raposas vermelhas: Dizendo adeus a um amigo

Muitos animais mostram profundo pesar pela perda ou ausência de um parente ou companheiro. Leões marinhos fêmeas lamentam ao ver seus bebês sendo comidos por baleias. Existem relatos de golfinhos vistos lutando para salvar um filhotinho morto, empurrando seu corpo para a superfície da água. Os chimpanzés e elefantes ficam de luto pela perda de familiares e amigos, e Gorilas tentam acordar os mortos. Donna Fernandes, presidente do Jardim Zoológico de Buffalo, presenciou um fato interessante com uma gorila fêmea, Lilica, que morreu de câncer no Franklin Park Zoo de Boston. Ela diz que o companheiro de longa data da gorila uivava e batia no peito, pegou um pedaço de aipo, alimento favorito de Lilica e colocou em sua mão, depois tentou acordá-la.
Certa vez, aconteceu um fato que parecia ser um serviço funerário. Um pombo havia sido atropelado por um carro. Quatro de seus companheiros de bando estavam ao seu redor, em silêncio e bicavam delicadamente em seu corpo. Uma, depois outra, voaram e trouxeram ramos de pinheiro e colocaram pelo seu corpo. Todos eles ficaram de vigília durante um tempo, balançaram a cabeça e voaram.
Eu também assisti uma raposa vermelha enterrar seu companheiro depois de um puma ter matado ele. Ela gentilmente colocou terra e galhos sobre seu corpo, parou, olhou para se certificar de que ele estava toda coberta, bateu a terra e os ramos com as patas dianteiras, ficou em silêncio por um momento, depois afastou-se, cauda e orelhas para baixo contra a sua cabeça . Após a publicação de minhas histórias eu recebi e-mails de pessoas de todo o mundo, que tinham presenciado um comportamento semelhante em vários pássaros e mamíferos.


A empatia entre os elefantes

Alguns anos atrás, quando eu estava observando elefantes na Reserva Nacional de Samburu, no norte do Quênia, com o pesquisador de elefantes Lain Douglas-Hamilton, notei uma fêmea adolescente, Babyl, que andava muito lentamente e teve dificuldades a cada passo. Eu soube que ela tinha sido paralítica por anos, mas os outros membros de sua manada nunca a deixaram para trás. Eles andavam um pouco, paravam e olhavam ao redor para ver onde ela estava. Se Babyl ficasse para trás, alguns poderiam esperar por ela. Se ela tivesse sido deixada sozinha, ela teria sido atacada por algum leão ou outro predador. Às vezes, a matriarca a alimentava. Os amigos de Babyl não tinham nada a ganhar com esta ajuda bem como ela não podia fazer nada por eles. No entanto, eles ajustaram seu comportamento para permitir que Babyl permanecesse com o grupo.


Os animais têm experiências espirituais?

Os animais se sentem maravilhados com os seus arredores, têm um sentimento de admiração ao ver um arco-íris, ou pensam de onde o relâmpago vem? Às vezes, um chimpanzé, geralmente um macho adulto, vai dançar em uma cachoeira em total desprendimento. Jane Goodall descreveu um chimpanzé se aproximando de uma cachoeira com um pouco do pelo eriçado, um sinal de grande excitação. “À medida que se aproximava, e o barulho da água caindo ficava mais alto, ele acelerava seu ritmo, seu pelo se tornava completamente ereto, e ao atingir a correnteza ele realizou uma magnífica exibição ao pé da cachoeira. De pé, ele oscila ritmicamente de pé para pé, batendo no raso, água correndo, apanhando e arremessaram pedras grandes. Às vezes, ele sobe nas videiras finas que pendem no alto das árvores e balança para fora da garoa da cachoeira. Esta “dança da cachoeira ” pode durar 10 ou 15 minutos. “Depois de uma exibição na cachoeira, o intérprete pôde se sentar em uma pedra com os olhos acompanhando a queda de água. Chimpanzés também dançam no início das fortes chuvas e durante violentas rajadas de vento.
Em junho de 2006, eu e Jane visitamos um santuário de chimpanzés perto de Girona, na Espanha. Nós fomos informados que Marco, um dos chimpanzés resgatados, costuma dançar durante tempestades parecendo estar em transe.


Shirley e Jenny: Lembrando dos amigos

Os elefantes têm sentimentos fortes. Eles também têm grande memória. Eles vivem em sociedades matriarcais que possuem fortes laços sociais entre os indivíduos que pode perdurar por décadas. Shirley e Jenny, dois elefantes fêmeas, foram reunidos depois de viverem separadas por 22 anos. Elas foram levados separadamente para um santuário de elefantes em Hohenwald, Tennessee, para viver suas vidas em paz, na ausência de abuso que sofreram na indústria do entretenimento. Quando Shirley viu novamente Jenny,esta ficou visivelmente ansiosa. Ela queria entrar na mesma barraca em que Shirley estava. Eles gritaram uma para a outra, o tradicional cumprimento entre amigos quando eles se reencontram. Ao invés de serem cautelosas e incertas sobre a outra, elas se tocaram por entre as grades que as separavam e se mantiveram unidas. Seus tratadores ficaram intrigados pela forma como as elefantes e deram tão bem. A busca nos registros, mostraram que Shirley e Jenny tinham vivido juntos em um circo a 22 anos atrás, quando Jenny era um bebê e Shirley tinha seus 20 anos. Elas ainda se lembram uma da outro como quando elas ainda estavam juntas.


A gratidão de uma baleia

Em dezembro de 2005, uma baleia de 50 toneladas, uma fêmea de jubarte se enroscou nas linhas de uma rede e estava quase se afogando. Depois de uma equipe de mergulhadores livrarem ela das redes, ela se aninhou a cada um dos seus salvadores, por sua vez e nadou em torno deles, o que um especialista em baleias disse ser  “um encontro raro e extraordinário.” James Moskito, um dos mergulhadores recordou que “Parecia que ela queria nos agradecer, sabendo que estava livre e que tínhamos ajudado ela. A baleia, parada cerca de um metro longe de mim, me intimidou um pouco mas  nos divertimos, disse Mike Menigoz. Os outros mergulhadores também foram profundamente tocado pelo encontro: “A baleia estava fazendo pequenos mergulhos e os caras estavam lado a lado com ela…. Eu não sei ao certo o que ela estava pensando, mas é algo de que eu sempre me lembrarei. ”


Abelhas ocupadas como Matemáticos

Nós sabemos que abelhas são capazes de resolverem problemas complexos de matemática com mais rapidez que um computador – especificamente o que chamamos de “o problema do caixeiro viajante” – apesar de terem um cérebro do tamanho de uma semente de capim. Elas economizam tempo e energia encontrando a rota mais eficiente em meio à flores. Elas fazem isso diariamente enquanto um computador poderia levar dias para resolver o mesmo problema.






Cães farejando doenças

Como já sabemos, os cães possuem um olfato muito apurado. Eles cheiram aqui e ali tentando descobrir quem esteve por lá e também são conhecidos por meterem o nariz onde não deveriam. Comparado aos humanos, os cães possuem a área do epitélio nasal (que carrega as células receptoras), 25 vezes maior e  mais centenas de células olfativas na região cerebral. Cachorros podem diferenciar qualquer diluição à medida de um para um milhão, seguir trilhas pelo odor, e são dez mil vezes mais sensíveis a alguns odores que os humanos.
Cães aparentam serem capazes de detectarem diferentes tipo de câncer – de ovário, pulmão, bexiga, próstata e mama -  e diabetes, talvez pela respiração da pessoa. Considerando uma collie chamada Tinker e seu companheiro humano, Paul Jackson, que possui dois tipos de diabetes. A família de Paul percebeu que sempre que ele estivera prestes a ter um ataque, Tinker ficava agitado. Paul disse: “Ele lambia a minha cara, ou chorava suavemente, ou até mesmolatia. Então percebemos que este comportamento acontecia quando eu estava tendo um ataque de hipoglicemia por isso juntamos as peças. “Pesquisas ainda são necessárias, mas os estudos iniciais da Pine Street Foundation e outros sobre o uso de cães para diagnóstico são promissoras.


Tudo bem ser um cérebro de pássaro

Os corvos, da remota ilha no Pacífico, da Nova Caledônia mostram suas habilidades incrivelmente de alto nível, quando fazem e usam ferramentas. Eles conseguem a maior parte de sua comida usando ferramentas, e eles fazem isso melhor do que os chimpanzés.Sem nenhum treinamento prévio, eles podem fazer anzóis de peças e arame retos para obter alimento que estiver fora de seu alcance. Eles podem adicionar recursos para melhorar uma ferramenta, uma habilidade supostamente exclusiva dos humanos. Por exemplo, eles fazem três tipos diferentes de ferramentas com as folhas, arame farpado e espinho do pinheiro. Eles também modificam a ferramenta dependendo da necessidade, um tipo de invenção não vista em outros animais. Essas aves podem aprender a puxar uma corda para recuperar uma vara curta, usa a vara para pegar uma mais longa, então usa o bastão para pegar um pedaço de carne. Um corvo, chamado Sam, ficou menos de dois minutos inspecionando a tarefa e resolvê-lo sem erros.
Corvos da Caledônia vivem em pequenos grupos familiares e os mais jovens aprendem o uso das ferramentas por observarem os adultos. Pesquisadores da Universidade de Auckland descobriram que os adultos levam os jovens a lugares específicos chamados “escola de ferramentas” onde eles podem praticar o uso delas.


Amor de cachorro

Como nós já sabemos, os cães são os melhores amigos dos homens. Eles também podem ser amigos entre eles. Tika e seu companheiro de longa data, Kobuk, criaram oito filhotes juntos e estavam curtindo sua aposentadoria na casa de minha amiga Anne. Mesmo sendo companheiros de longa data, Kobuk geralmente espantava Tika, pegando sua cama favorita ou seu brinquedo.
Mais tarde, Tika desenvolveu um tumor malign0 e teve que ter sua perna amputada. Ela tinha problemas em se movimentar enquanto estava se recuperando da cirurgia, Kobuk não saia do seu lado. Kobuk parou de empurrar ela ou se importar se ela tinha permissão de usar a cama sem ele. Por volta de duas semanas após a cirurgia de Tika, Kobuk acordou Anne no meio da noite. Ele correu em direção a Tika. Anne pegou Tika e levou os dois cães para fora mas eles só deitaram na grama. Tika estava gemendo baixinho e Anne percebeu que sua barriga estava muito inchada. Anne a levou para a emergência da clínica veterinária em Boulder, onde ela foi submetida à cirurgia que salvaria sua vida.

Se Kobuk  não tivesse buscado Anne, Tika certamente teria morrido. Tika estava recuperada, e como sua saúde melhorou após a amputação e operação, Kobuk tornou-se o cão mandão que sempre tinha sido, até mesmo com Tika que andava em três pernas. Mas Anne tinha testemunhado a sua verdadeira relação. Kobuk e Tika, como um casal de velhinhos casados de verdade, estariam sempre lá um para o outro, mesmo que a personalidade nunca mudassem.





Jethro e o coelhinho

Depois que eu peguei Jethro na Humane Society de Boulder e o trouxe para minha casa na montanha, eu soube que ele era um cão muito especial. Ele nunca perseguiu os coelhos, esquilos, veados, ou qualquer um que nos visitasse. Muitas vezes ele tentou abordá-los como se fossem amigos.
Um dia Jethro veio à minha porta, me olhou nos olhos, arrotou, e deixou cair um peludo, pequeno, a bola coberta de saliva de sua boca. Eu me perguntava o que no mundo que ele tinha trazido de volta e descobri que a bola molhada do pelo era um coelho muito jovem.
Jethro continuou a fazer contato visual direto comigo, como se ele estivesse dizendo, “Faça alguma coisa”. Peguei o coelho, coloquei em uma caixa, dei-lhe água e aipo, e percebi que ela não iria sobreviver à noite, apesar dos nossos esforços para mantê-la viva.
Eu estava errado. Jethro permaneceu ao lado dela e se recusou a fazer os passeios ou comer, até que eu o afastei para que pudesse atender ao chamado da natureza. Quando eu finalmente libertei o coelho, Jethro seguiu seu caminho e continuou a fazê-lo durante meses.
Ao longo dos anos, Jethro se aproximou de coelhos, como se fossem seus amigos, mas geralmente eles fugiam. Ele também resgatou os pássaros que voaram em nossas janelas e, em certa ocasião, um pássaro que havia sido capturado por uma raposa vermelha e caiu na frente do meu escritório.


Cão e Peixe: Amigos improváveis

Os peixes são muitas vezes difíceis de se identificar ou sentir algo por eles. Eles não têm rostos expressivos e parecem não nos dizer muito comportamentalmente. No entanto, Chino, um golden retriever que viveu com Maria e Dan Heath, em Medford, Oregon, e Falstaff, um pequeno peixe, tinham reuniões regulares na beira da lagoa onde moravam em Falstaff. Todo dia, quando chegava Chino, Falstaff nadava até a superfície, cumprimentava e mordiscava as patas de Chino. Falstaff fez isso várias vezes e Chino observava com um olhar curioso e perplexo no rosto. Esta amizade foi extraordinária e encantadora. Quando o Heaths mudaram, eles foram tão longe a ponto de construir um novo viveiro, para que Falstaff pudesse se juntar a eles.


Um chimpanzé envergonhado : Eu não fiz isso!

Vergonha é uma coisa difícil de se observar. Por definição é um sentimento que faz alguém tentar se esconder. Mas a mais famosa primatóloga Jane Goodall acredita ter observado algo que possa ser chamado de “embaraço” em um chimpanzé.
Fifi era uma chimpanzé fêmea que Jane conhecia a mais de 40 anos. Quando o filho mais velho de Fifi, Freud, tinha cinco anos, seu tio Figan, irmão de Fifi, era o macho Alfa da comunidade. Freud sempre seguia Figan como se ele idolatrasse o grande macho.
Uma vez, quando Fifi estava limpando Figan, Freud subiu no tronco fino de uma árvore. Quando chegou à copa frondosa, ele começou a balançar violentamente para trás e para frente. Se ele fosse uma criança humana, teríamos dito que ele estava se mostrando. De repente, o galho quebrou e Freud caiu na grama. Ele não ficou ferido. Ele veio perto de Jane, e como se sua cabeça mergulhasse na grama, Jane viu que ele olhava para Figan. Ele percebeu? Se ele percebeu, não prestou atenção nenhuma, mas continuou sendo limpo por Fifi. Freud muito calmamente subiu em outra árvore e começou a se alimentar.
O Psicólogo da Universidade de Harvard, Marc Hauser, observou o que poderia ser chamado de constrangimento em um macaco rhesus macho. Depois de acasalar com uma fêmea, o macho escorregou e  caiu em uma vala. Levantou-se rapidamente e olhou em volta. Depois sentindo que os outros macacos não viram ele cair, ele saiu, costas, cabeça e cauda alta para cima, como se nada tivesse acontecido.


Resgate de animais : sentindo compaixão por quem precisa

Histórias sobre animais resgatando membros de sua própria espécie e outras, incluindo seres humanos, não faltam. Eles mostram como os indivíduos de espécies diferentes exibem compaixão e empatia para com os necessitados.

Em Torquay, na Austrália, depois que um canguru foi atropelado por um carro, um cão descobriu um  bebê em sua bolsa e levou-o ao seu dono, que cuidou do jovem animal. O cão de 10 anos de idade e o pequeno filhote de 4 meses de idade, se tornaram melhores amigos.

Em uma praia na Nova Zelândia, um golfinho foi resgatar duas baleias-pigmeus encalhadas em um banco de areia. Depois que as pessoas tentaram em vão levar  as baleias para águas mais profundas, o golfinho apareceu e as duas baleias o seguiram de volta para o oceano.
Os cães também são conhecidos por ajudar aqueles que estão em necessidades. Um pit bull perdido acabou com uma tentativa de assalto a uma mulher que saáa do playground de um parque com seu filho, em Port Charlotte, Florida. Um oficial de controle animal disse que estava claro que o cão estava tentando defender a mulher, que ele não conhecia. Em Buenos Aires, na Argentina, um cachorro salvou um bebê abandonado colocando ele de forma segura entre os seus próprios filhotes recém-nascidos. Surpreendentemente, o cachorro carregou o bebê por  cerca de 150 metros de onde seus filhotes estavam, após encontrar o bebê coberto por um pano em um campo.


Justiça de Raven?

Em seu livro, Mind of the Raven, a bióloga e especialista Bernd Heinrich, observara que os corvos se lembravam de um indivíduo que de forma consistente. Às vezes, um corvo ataca um intruso mesmo que ele não veja que seu local esteja sendo invadido.
Isso é moral? Heinrich parece pensar que é. Ele diz que esse comportamento, “Era um corvo  buscando o equivalente humano de justiça, porque ele defendia o interesse do grupo a um custo potencial para si mesmo.”
Em experiências posteriores, Heinrich confirmou que os interesses do grupo que poderia conduzir o que um corvo decide fazer.


Marc Bekoff escreveu este artigo em Can animals save us? na primavera de 2011 para a YES! Magazine. Marc tem escrito vários livros e ensaios sobre a vida emocional e moral dos animais, incluindo The Smile of a Dolphin, The Emocional Lives of Animals, Wild Justice: The Moral Lives of Animals (com Jessica Pierce), e Animal Manifesto: Six Reasons for Expanding Our Compassion Footprint. A página da web de Marc é: marcbekoff.com e, de Jane Goodall : ethologicalethics.org.