sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A vida desrespeitada


                                         Ulisses Capozzoli

            Aos poucos a barbárie conhecida como “festa do peão boiadeiro”, marcada por rodeios, touradas, vaquejadas e práticas afins de violência contra os animais começa a ser combatida pelo Ministério Público (MP) e representantes do Legislativo.
            Nesta semana a Câmara Municipal de Araraquara, a 272 km de São Paulo, aprovou por unanimidade projeto de lei que proíbe essas atividades.
            A iniciativa da proibição foi da prefeitura municipal, mas para tomar essa decisão a administração foi pressionada por sociedades protetoras dos animais e opinião pública, indignadas com essa forma de violência.
            A proibição a essas atividades que desrespeitam direitos elementares da vida, adotada em Araraquara, pode ser acompanhada por outras cidades do interior paulista.
Segundo entidades de proteção aos animais, a decisão atraiu interesse de vereadores de cidades como Jaboticabal, São Carlos e Atibaia, a última delas às margens da rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Minas Gerais.
            É possível que a “festa do peão”, iniciativa que se espalhou de Barretos, interior de São Paulo, para praticamente todas as regiões do País acabem proibidas em escala nacional. Elas não têm relação com a historia nacional e resultam de práticas copiadas de regiões como o Texas, nos Estados Unidos.
            Em meados de agosto passado o deputado federal Ricardo Trípoli (PSDB-SP), apresentou projeto de lei que proíbe a perseguição de animais em provas de rodeios e prevê multa de até R$ 30 mil para os infratores.
O valor poderá ser duplicado em caso de reincidência.
            Como justificativa para o projeto de lei Trípoli citou o caso de um bezerro que ficou paralítico durante uma prova na arena da 56º Festa do Peão de Boiadeiro em Barretos, há poucas semanas.
            




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